INSTRUÇÃO LEONÍSTICA:
PATRIOTISMO, FAMÍLIA E LIONS NA SEMANA DA PÁTRIA
E chegou setembro. Um mês que é muito caro aos leões e ao povo brasileiro. No leonismo, dedicamos este mês às Domadoras e à Mulher no Leonismo. É o mês da Revista The Lion, o mês da Conscientização da Visão e da 2ª Reunião do Comitê do Gabinete Distrital (RCGD).
No hemisfério sul a chegada da primavera, com o prenuncio de novos e melhores tempos. Em Lorena, festejamos os 54 anos de fundação do nosso clube.
Mas, o assunto hoje é Brasil e a Proclamação da sua independência, no dia 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente, D. Pedro I.
No primeiro dia de setembro, começamos a semana da pátria. Em todo o país, há o hasteamento da Bandeira Nacional, o canto do Hino Nacional, apresentações de escolares etc., culminado com o Desfile Cívico (militar) no dia sete. O dia da independência de um país, é como a data da maioridade na vida do ser humano. Só depois da sua independência é que o país, assim como o jovem, pode crescer, progredir e caminhar sozinho. Se transformar numa Nação; transformar-se num cidadão de bem.
Lembro-me na minha infância, quando passávamos o agosto a treinar para o famoso desfile do Sete de Setembro, valendo troféu de melhor apresentação e desfile. Como era normal, o espírito de amor à Pátria estava latente em nosso dia a dia. O som vindo da Banda de Música já fazia nossos pés tremerem, porque teríamos que fazer o asfalto tremer. Aflorava em nossos peitos o sentimento de patriotismo; o grito de “Independência ou Morte” estava em todas as gargantas.
O Civismo fazia parte do currículo escolar. Hinos e canções, não só nas aulas de música, mas principalmente, nas de Língua Portuguesa.
E como demonstrar este patriotismo, esse amor à Pátria, este civismo?
Pátria (do latim "patriota", terra paterna) indica a terra natal ou adotiva de um ser humano, que se sente ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história. O primeiro registro histórico da palavra "Pátria" tem a ver com o conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. Significa o sítio onde se vive, o local, ambiente ou espaço geográfico onde se insere a nossa vida, é o nosso chão e causa das nossas paixões.
Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor, devolução e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, riquezas naturais e patrimônios material e imaterial, dentre outros) e ao seu povo. É razão do amor dos que querem servir o seu país e ser solidários com os seus compatriotas.
Civismo são práticas assumidas como deveres fundamentais para a vida coletiva, visando preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo consiste na dedicação pelo interesse público e pela política de seu país, fidelidade, paz ou honra em relação à Pátria; patriotismo. É a forma de sentir e demonstrar o amor à Pátria.
É a semana propícia para os professores e mesmo nós, nos lembrarmos do grande Rui Barbosa que dizia:
“A Pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A Pátria não é um sistema, nem é uma seita, nem um monopólio, nenhuma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não inflamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.”
“O sentimento que divide, inimiza, retalia, detrai, amaldiçoa, persegue, não será jamais o da Pátria. A Pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo…
Multiplicai a família, e tereis a Pátria. Sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação sanguínea…”.
Sabemos que os problemas que vemos na sociedade de hoje, em nossa Pátria, começaram com a desconstrução dos valores sociais e da família. A família sem sua base de respeito, hierarquia, fica vulnerável e alvo fácil da infiltração de ideias de desunião, agressividade e violência, difíceis de enfrentar e combater. Ela fica desprotegida.
Os Clubes de Lions formam, indubitavelmente, uma grande família! E o nosso Lions Clube, fundado há mais de meio século, faz a sua parte de civismo e se identifica na comunidade lorenense, através de suas campanhas permanentes de solidariedade e pelo belo exemplo de cidadãos demonstrado por seus Leões, que não fogem à luta, quando o assunto é servir. Nós somos patriotas. Nós fazemos aquele algo a mais pelos necessitados. O Lions Internacional, presente em 214 países, participa de inúmeras campanhas importantíssimas de saúde e socorro nas calamidades. Nossa campanha do momento é contra o sarampo. Integrando-nos nestas campanhas desenvolvemos e aperfeiçoamos o nosso sentimento de patriotismo.
Nosso “Propósitos de Lions Clube” reza que não podemos falar em política partidária nas reuniões ou entre os companheiros. Ledo engano. Não conseguiremos servir à comunidade se formos omissos na escolha de seus representantes e o debate é a maneira mais democrática de se chegar a um objetivo justo. A omissão é pior que a má escolha.
Nosso “Código de Ética” diz que devemos “SEMPRE ter em mente meus deveres de cidadão para com minha localidade, meu estado e meu país, sendo-lhes constantemente leal em pensamento, palavras e obras, dedicando-lhes, desinteressadamente, meu tempo, meu trabalho e meus recursos.”
Este sentimento de patriotismo, de amor ao próximo, deve bater forte no peito de cada Leão, de cada cidadão, porque a Pátria precisa de filhos que a amem verdadeiramente, que a defendam, que escolham bem os seus representantes e cobrem deles as ações de injustiça, que saiam às ruas, quando necessário, com ordem, sem violência, porque quem ama cuida e jamais destrói. Agindo assim, teremos uma Pátria forte e soberana. Patriotismo e Leonismo andam de mãos dadas.
Concluo convidando os companheiros e amigos para que visitem a página https://lionsclubs.org/pt/give-how-to-give/campaign-, para saber como participar da Campanha 100 e como ela patrocinará e proporcionará programas que tratem de necessidades distintas de populações vulneráveis e em risco, tais como, idosos, portadores de deficiência, mulheres, órfãos e outros que sofram desproporcionalmente o impacto de fatores sociais e econômicos e que requeiram serviços especiais.
Lorena/SP, 03 de setembro de 2019
Leão ANTONIO SÉRGIO DE PINHO
Tributo a Armando Fajardo
PDG ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI
Muito já se falou e escreveu que os valores do leonísmo, tanto éticos como históricos e culturais, estão em sua memória. Na verdadeira história do nosso movimento a memória deve falar mais alto. É ela que alimenta os princípios que se acumularam durante a existência do Lions, quando se estabeleceu regras de convívio, normas de comportamento e tudo mais aquilo que foi se sedimentando ao longo dos anos. Quem dispensa a memória está aniquilando nossos valores. Se não cuidarmos da nossa memória, quem garantirá a preservação da nossa história?
E quando falamos em memória não podemos olvidar a inesquecível figura daquele que trouxe o leonísmo para o Brasil: ARMANDO FAJARDO, nosso Leão n.º 1.
Escrever sobre Armando Fajardo é falar da própria história do leonísmo brasileiro!
Historiadores do nosso movimento têm cantado em prosa e verso a vida e a atuação de Fajardo na consolidação do leonísmo em nosso país. Dentre esses historiadores, um destaque especial deve ser creditado ao saudoso e festejado PDG Alexandre Campos da Costa e Silva, Ex-Governador 1971/1971 do Distrito LC-1, que vive e conta Armando Fajardo em sua obra “Uma história do Leonísmo no Brasil”, secundado pela sua esposa CaL Teresa Costa e Silva, PDG 1995/1996 do mesmo Distrito. Foi de Alexandre e Teresa que recebi algumas pérolas para esta homenagem a Armando Fajardo.
Fiquei sabendo que Fajardo nasceu no Estado do Rio de Janeiro, na cidade de Santa Maria Madalena, em 12 de outubro de 1893. Que seu pai era tabelião e seu avô fazendeiro. Que era um menino sonhador e viveu no interior até os 13 anos, onde seu maior prazer era armar arapucas para pegar inhambus e juritis, para apreciá-los em seus viveiros, mas sem jamais utilizar um estilingue. Que depois dos 13 anos aventurou-se sozinho para a cidade do Rio de Janeiro, a fim de continuar seus estudos. Que fez secundário no Internado Pedro II, onde se destacou na área esportiva. Que, depois, iniciou seus estudos na medicina mas abandonou o curso, desviando-se para a advocacia, que era seu verdadeiro objetivo. Que socorria seus companheiros de estudo e boemia em apertos financeiros, valendo-se dos recursos que lhe eram fornecidos pelo pai, ao qual fez questão de ressarcir tão logo se ajeitou no primeiro emprego, não por orgulho, mas por uma questão de princípios. Que esteve entre a vida e a morte em 1921, face a uma apendicite supurada, que o deixou de “molho” por cerca de dois anos. Que a doença atrasou seu casamento com a amada Blanche “Branca” Tavares, em 1924, e de cuja união não resultou filhos. Que entrou para o serviço público e, por reconhecida capacidade, ocupou vários cargos importantes até chegar ao Ministério da Educação, só não ocupando o cargo de Ministro por motivos pessoais. Que era detentor de vários títulos e cargos importantes, tanto no Brasil como no exterior. Que, entre todos os títulos, o que mais o orgulhava era o de “Fundados do Leonísmo no Brasil e Leão n.º1 da nossa Pátria”. Que no leonísmo ocupou nos planos distrital e internacional os mais destacados cargos: o primeiro Governador do Brasil e membro da Junta de Relações Internacionais. Que na 11.ª Convenção Nacional dos Lions Clubes do Brasil, realizada em Salvador/BA, em maio de 1964, recebeu o título de “Patrono do Leonísmo Brasileiro”. Que faleceu em 13 de junho de 1969, aos 76 anos, e foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
O ingresso de Armando Fajardo no leonísmo foi grandemente influenciado pelo uruguaio Pedro Berr0, de quem era particular amigo e, coincidentemente, tinham a mesma profissão e os mesmos interesses (advogados e turfistas). Fajardo estava em Montevidéu, em dezembro de 1951 (era Diretor do Jockey Clube Brasileiro), assistindo a uma prova que levava o seu nome, numa homenagem por haver pacificado os turfistas uruguaios, ao lado Pedro Berro, quando soube da existência do Clube de Leões da capital uruguaia, cujo fundador e presidente era seu estimado amigo. Fajardo conheceu as finalidades e beleza dos propósitos da Associação de prestar serviços desinteressados e da congregação humana, sentindo, de imediato, que tudo aquilo era inerente aos sentimentos que sempre nutriu, ou seja, um Leão que era e seria. Sentiu, ainda, o desejo que o amigo Berro tinha em expandir o leonísmo para o Brasil. Foi a senha para que inúmeras reuniões, com idas e vindas, fossem realizadas entre Fajardo e inúmeros dirigentes leonísticos da América Latina. Fajardo aceitou o desafio de trazer o leonísmo para o Brasil, embora ações nesse sentido já estivessem sendo entaboladas na cidade de São Paulo. Depois de correspondências mantidas com dirigentes da Associação Internacional, Fajardo iniciou o movimento para agregar as pessoas que seriam os fundadores do Clube de Leões do Rio de Janeiro. Após grande esforço, conseguiu juntar vários amigos e pessoas influentes. No dia 16 de abril de 1952, às 12:00 horas, em concorrido almoço no Jockey Clube Brasileiro (avenida Rio Branco 137/139), no Rio de Janeiro, foi fundado o primeiro Clube de Leões do Brasil, tendo como presidente Arnaldo de Morais (Fajardo não aceitou a presidência) e um corpo associativo de 40 fundadores.
Posteriormente, na medida em que tomava providências para a expansão do leonísmo no Brasil, Fajardo disparava medidas para organização de novos Clubes (três meses depois foi fundado o Clube de São Paulo), administração e adaptações que se fizessem necessárias, pois tudo aquilo que na ocasião era normatizado pela Associação Internacional contava apenas com literaturas em inglês e espanhol. Fajardo manifestava seu descontentamento quanto a isso, pois certas expressões não condiziam com a realidade e sentimento brasileiro. Tanto é que as expressões “Domador” e “Tuercerrabos” do Informe de Organização de Clubes, impressos em espanhol e traduzidas de “Temer” e “Tailtwister” do inglês, foram adaptadas para “Diretor Social” e “Diretor Animador”. Fajardo adaptou também a expressão “Jefe de Zona” (do inglês “Zone Chairman”) para “Presidente de Divisão”. A partir daí, modificações radicais foram sendo introduzidas. No dia 02 de julho de 1952 foi discutida a proposta para que se adotasse o nome de “Lions Clube” ao invés de “Clube de Leões”. O acróstico em uso na ocasião, que era “Liberdade, Entendimento, Organização, Nacionalidade, Esforço e Serviço” (retirado das letras que formavam a palavra LEONES em espanhol), foi substituído por “Liberdade, Inteligência, Ordem, Nacionalidade e Serviço”. O primeiro Distrito Provisório “L” Brasil foi iniciado no ano leonístico 1953/1954, tendo Fajardo como Governador. A partir de então, o leonísmo brasileiro deslanchou e transformou-se na pujança que hoje domina o território nacional.
Fajardo era um homem rígido no cumprimento do dever e exigia que ao Lions fosse dado o respeito que merecia. Para ele, leonísmo era uma questão de honra. Aqueles que com ele conviveram atestaram a seriedade que dava ao movimento, do respeito que mantinha por determinados comportamentos e da sua franqueza, duríssima, ao combater Companheiros que a todo custo queriam fazer do leonísmo um trampolim para suas pretensões pessoais ou àqueles que, sem competência, queriam chegar aos cargos mais altos.
A semente de tudo foi ARMANDO FAJARDO, cidadão e chefe de família exemplar, a cuja visão, entusiasmo e amor à nossa causa dedico este modesto trabalho.
Quando foram criados os documentos que
retratam a filosofia do verdadeiro Leão
PDG ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI
Existem cinco documentos básicos que servem para retratar a filosofia que rege a atuação do verdadeiro Leão: “Código de Ética do Leão”, “Propósitos do Lions Clube”, “Declaração de Missão de Lions Internacional”, “Declaração de Visão de Lions Internacional” e “Invocação a Deus”. Vamos rememorar sua criação e seus textos oficiais:
CÓDIGO DE ÉTICA DO LEÃO
Foi aprovado durante a 2.ª Convenção Internacional de Saint Louis, Missouri, Estados Unidos, realizada no período de 19 a 21 de agosto de 1918. Rememoremos seu texto oficial:
“Demonstrar fé nos méritos da minha profissão, esforçando-me para conseguir honrosa reputação mercê da excelência dos meus serviços.
Lutar pelo êxito e pleitear toda remuneração ou lucro que, equitativa e justamente mereça, recusando, porém, aqueles que possam acarretar diminuição da minha dignidade, devido a vantagem injusta ou ação duvidosa.
Lembrar que, para ser bem sucedido nos negócios ou empreendimentos, não é necessário destruir os dos outros. Ser leal com os clientes e sincero consigo mesmo.
Decidir contra mim mesmo no caso de dúvida quanto ao direito ou a ética dos meus atos perante meu próximo.
Praticar a amizade como um fim e não como um meio. Sustentar que a verdadeira amizade não é o resultado de favores mutuamente prestados, dado que não requer retribuição, pois recebe benefícios com o mesmo espírito desinteressado com que os dá.
Ter sempre presente meus deveres de cidadão para com minha localidade, meu Estado e meu País, sendo-lhes constantemente leal em pensamento, palavras e obras, dedicando-lhes, desinteressadamente, meu tempo, meu trabalho e meus recursos.
Ajudar o próximo, consolando o aflito, fortalecendo o débil e socorrendo o necessitado.
Ser comedido na crítica e generoso no elogio; construir e não destruir.”
PROPÓSITOS DO LIONS CLUBE
Seu texto original foi adotado durante a 3.ª Convenção Internacional de Chicago, Illinos, Estados Unidos, realizada no período de 09 a 11 de julho de 1919. A resolução n.º 0127-97/98, do CNG-Conselho Nacional de Governadores, de autoria do Presidente do Colegiado, IPDG Mário Câmera de Oliveira, aprovada durante a 2.ª reunião ordinária realizada na cidade de Campinas, São Paulo, em 12 de janeiro de 1998, e face a discrepâncias que estavam ocorrendo na tradução do texto inglês, houve por bem uniformizar a redação do texto transcrito a seguir, autorizando, ainda, a sua oficialização no Brasil. O título original foi substituído pela Diretoria Internacional durante reunião realizada em Nova Delhi, na Índia, em setembro de 2007, passando de “Objetivos” para “Propósitos” e incluindo mais dois itens. O texto oficial, atualmente, é o seguinte:
“Organizar, constituir e supervisionar clubes de serviço que serão conhecidos como Lions Clubes.
Coordenar as atividades e uniformizar a administração dos Lions Clubes.
Criar e fomentar um espírito de compreensão entre os povos da Terra.
Incentivar os princípios de bom governo e da boa cidadania.
Interessar-se ativamente pelo bem-estar cívico, cultural, social e moral da comunidade.
Unir os clubes pelos laços de amizade, com companheirismo e compreensão mútua.
Promover um fórum para a livre discussão de todos os assuntos de interesse público, excetuando-se, entretanto, o partidarismo político e o sectarismo religioso, que não serão debatidos pelos associados NO clube.
Incentivar as pessoas bem intencionadas a servir a suas comunidades sem benefício financeiro, estimular a eficiência e promover elevados padrões éticos no comércio, na indústria, nas profissões, nos serviços públicos e nos empreendimentos particulares.”
DECLARAÇÃO DE MISSÃO DE LIONS INTERNACIONAL
Durante reunião realizada em Nova Delhi, na Índia, em setembro de 2007, a Diretoria Internacional deu nova redação ao texto, em substituição ao anterior, ficando o mesmo com a seguinte configuração:
“Dar poder aos voluntários para que possam servir suas comunidades e atender suas necessidades humanas, fomentar a paz e promover a compreensão mundial através dos Lions Clubes.”
DECLARAÇÃO DE VISÃO DE LIONS INTERNACIONAL
Foi aprovada pela Diretoria Internacional durante reunião realizada em Nova Delhi, Índia, em setembro de 2007, ficando a mesma consubstanciada nos seguintes termos:
“Ser o líder global em serviços comunitários e humanitários.”
INVOCAÇÃO A DEUS
O autor da Invocação foi o PDG Pedro Afonso Mibieli de Carvalho, Governador 1960/1961 do então Distrito L Centro-2 e Presidente do CNG no mesmo ano leonístico. O texto foi aprovado através de resolução do CNG durante a 8.ª Convenção Nacional, realizada na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em maio de 1963. A melhoria do texto foi proposta pelo CL Mário Simões Mendes, do Lions Clube de Campinas, São Paulo, e aprovada como recomendação pelo CNG 1981/1982, durante a 29.º Convenção Nacional, realizada em Balneário Camboriú, Santa Catarina, em maio de 1982. Seu texto oficial é o que transcrevemos abaixo. Uma observação: temos notado, em diversas publicações da Invocação a Deus divulgadas por este Brasil afora, que, nos textos, a expressão “Senhor” é repetida em todos os enunciados. É de se registrar, por oportuno, que no texto original a expressão “Senhor” consta apenas no primeiro e no penúltimo ítem. Vejam o texto original:
“SENHOR, nós Vos agradecemos o estar aqui reunidos, para nos conhecermos melhor e, assim poder servir melhor os nossos semelhantes.
Dai-nos a humildade, a sabedoria e a força necessárias para cumprir nossos deveres com entusiasmo e tenacidade.
Dai-nos a bondade e a tolerância, para respeitar a opinião dos demais e alimentar a aspiração de todos de servir a humanidade.
Protegei nossa grande família leonística, a qual trabalha, hoje e sempre, pelo culto da amizade, do amor ao próximo e do serviço desinteressado.
Velai, SENHOR, pelos destinos do Brasil e bendizei nosso trabalho.
Assim seja!”
Estamos divulgando esta mensagem com o único intuito de colaborar com os prezados Companheiros Leão e as dulcíssimas Companheiras Leão e Domadoras que desejam estar familiarizados com os textos oficiais dos documentos que retratam a nossa filosofia leonística.
O encerramento do semestre leonístico e os
primeiros resultados da Equipe de Ação Global
PDG ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI
Sempre que um semestre leonístico se encerra é tempo para fazer uma retrospectiva daquilo que já foi realizado. É tempo de olhar para trás e rever os planos que foram traçados, o caminho que foi percorrido, as metas e os objetivos que foram alcançados.
Igualmente é tempo de olhar para frente, refazer plenos, vislumbrar novos horizontes, novos sonhos e objetivos para o semestre que vai começar.
Estamos chegando ao fim do primeiro semestre do ano leonístico.
Hodiernamente, Lions Internacional está depositando grande confiança nos Lions Clubes e nas Governadorias de Distrito quanto ao desempenho das suas respectivas Equipes de Ação Global, implantadas oficialmente com a nova estrutura dos Lions Clubes que foi adotada a partir deste ano leonístico.
Lions Internacional deseja capacitar os Clubes através do poder de ação da Equipe de Ação Global, que foi criada antevendo que, no futuro, todas as necessidades do mundo serão atendidas por um Leão, baseadas em um tripé essencial: 1) Desenvolvimento das suas lideranças (GLT); 2) Reafirmação do seu quadro associativo (GMT); 3) Expansão do serviço humanitário (GST).
Em cada Lions Clube, que já tem os cargos definidos nas Nominatas das Governadorias, seu Presidente é o Assessor da Equipe de Ação Global. Ele coordena as ações do Assessor de Liderança (GLT), que necessariamente é quem serve de 1.º Vice-Presidente, do Assessor de Aumento de Associatos (GMT), do Assessor de Serviços (GST), e também, como apêndice, do Coordenador de LCIF, este necessariamente o Ex-Presidente Imediato.
Na Governadoria também já existe a definição da Equipe de Ação Global: o Coordenador Distrital da Equipe Global de Liderança (GLT), o Coordenador Distrital da Equipe de Associados (GMT) e o Coordenador Distrital da Equipe de Serviço Global (GST).
Os Coordenadores da Equipe de Ação Global da Governadoria precisam e devem contar com a efetiva participação dos Coordenadores de Região e Divisão do Distrito.
O Coordenador Distrital da Equipe Global de Liderança tem a importante missão de interagir com os Diretores de GLT dos Clubes, incentivando-os na busca de novas lideranças e organizando cursos de aprimoramento para essa finalidade.
O Coordenador Distrital da Equipe Global de Associados tem a importante missão de interagir com os Diretores de GMT dos Clubes, incentivando-os na incrementação das atividades de retenção e admissão de novos associados, assessorando-os para que os Clubes mantenham um quadro associativo de qualidade.
O Coordenador Distrital da Equipe de Serviço Global tem a importante missão de interagir com os Diretores de GST dos Clubes, incentivando-os para realizar nas comunidades as campanhas de ação de serviços propostos por Lions Internacional, que neste ano leonístico estabeleceu cinco metas para suas ações de serviços globais: “diabetes”, “meio ambiente”, “alivio à fome”, “câncer pediátrico” e “visão”.
Pois bem! Com o encerramento do primeiro semestre do ano leonístico, acredita-se que há necessidade de uma primeira avaliação dos resultados obtidos pela Equipe de Ação Global. E isso possibilita alguns questionamentos básicos:
Nos Lions Clubes, quais os resultados alcançados pelas ações das suas equipes de GLT, GMT e GST? Foram bons, razoáveis ou não existiram? Receberam as visitas dos Coordenadores da Equipe de Ação Global da Governadoria para orientá-los naquilo que estavam ou estão precisando? Existe expectativa de uma ação mais efetiva para o segundo semestre do ano leonístico que vai começar?
Na Governadoria, quais os resultados alcançados pelos Coordenadores da Equipe de Ação Global? Visitaram os Clubes para orientar seus Diretores de GLT, GMT e GST nas suas necessidades de desenvolvimento das suas atividades? Solicitaram a colaboração e participação dos Coordenadores de Região e Divisão para desenvolver suas ações junto aos Clubes? Prepararam para a Governadoria os seus relatórios do primeiro trimestre e estão concluindo seus relatórios do segundo trimestre, com exposição daquilo que constataram ou conseguiram incrementar os Lions Clubes? Sempre é bom lembrar que os relatórios dos membros da Equipe de Ação Global da Governadoria devem ser enviados para os Coordenadores da Ação Global do Distrito Múltiplo, para serem analisados durante as reuniões do Conselho de Governadores (a próxima, este ano leonístico, deverá ser realizada em fevereiro de 2019).
Como foi dito acima, sempre há necessidade de uma avaliação de resultados a cada semestre leonístico que se encerra. Esse, tão somente esse, o objetivo da breve exposição feita por essa mensagem.
______________________________________
INSTRUÇÃO LEONÍSTICA
A IMPORTÂNCIA DA FREQUÊNCIA NUM CLUBE DE LIONS
Frequência é o ato de aparecer repetidas vezes em determinado lugar, com assiduidade, em intervalos de tempo constantes, com o objetivo de desempenhar suas atribuições. É estar sempre ocupado com determinado trabalho; aplicado, diligente, constante, sem interrupção.
A frequência pode ser considerada uma das condições essenciais para o desenvolvimento ou fortalecimento de relações sociais, pois possibilita a convivência habitual entre as pessoas de um determinado grupo.
Quando, no dia de nossa posse como novo associado do Lions Clube Internacional, uma das nossas promessas é o de frequentar as reuniões, comparecer nas atividades afins e participar desinteressadamente no SERVIR.
Você foi convidado exatamente por ser uma pessoa que mostrou ter interesse em servir. Seu perfil mostrou que você é uma pessoa ocupada, mas isso nunca o impediu de encontrar tempo para ajudar o necessitado, que você é ou pode4 se tornar uma liderança na comunidade e, juntos, podemos fazer muito mais.
Ao contrário do que se diz popularmente, querer não é poder; desejar algo, pode ser o início de uma grande realização ou mudança. Sonhar é essencial à vida, porém, é preciso transformar os sonhos em metas e agir.
O Estatuto que recebemos por ocasião da nossa posse determina que o Clube deve realizar, mensalmente duas Reuniões Ordinárias de Diretoria. Pelo menos duas Assembleias, a de Transmissão e Posse da Nova Diretoria e a que homenageia a da Carta de Constituição do Clube. Outras reuniões poderão ser instaladas por necessidades diárias e concernentes às atividades programadas ou inesperadas (catástrofes).
As Reuniões Festivas, realizadas nas datas de natalícios, nas comemorações civis (dia das mães, dos pais, natal) tem por finalidade cultivar o espírito de companheirismo e, com isso, atrair o associado para o grupo, proporcionando em prováveis benefícios para a comunidade.
Pensando nisso, damos um grande destaque ao Leão que porta o seu PIN. Ele o identificará na comunidade e você poderá dizer com muito orgulho que pertence ao maior Clube de Serviços do mundo.
A frequência indica o quanto um associado tem apreço pelo seu clube e, principalmente, pela sua diretoria, pelo seu Presidente. Muita ausência significa que algo está errado. Indica que, provavelmente, está faltando interesse e motivação. Quando um Presidente pressente esta situação, deverá tomar uma medida urgente e verificar, se for o caso, com o faltoso, o que o aborrece ou mesmo não o estimula a frequentar as reuniões do clube. Solicitar-lhe sugestões de atividades, colocá-lo à frente de uma comissão.
Na contrapartida, todo aquele que tem um grande índice de frequência, nas reuniões, atividades externas, comissões, visitas a outros clubes, cursos etc., deverão ser homenageados com o PIN “LEÃO 100%”, que deverá utilizá-lo com muito orgulho, ou um Diploma em reconhecimento à sua atuação.
Tenha em mente que a frequência é a coluna mestra de qualquer entidade. A ausência de seus membros a tornará frágil, menos atuante e, com certeza, destinada ao fracasso, ao ocaso.
O Leão participante das reuniões e atividades está sempre disposto à prestação de serviço, porque está integrado ao grupo.
Cabe à Comissão de Associados realizar um trabalho no sentido de orientar os Companheiros na escolha de novos associados, selecionando pessoas ocupadas, mas dispostas a servir, interessadas na sua comunidade, que demonstrem sentimento de solidariedade, que consigam organizar-se para evitar atropelos de agenda, muito comum entre os desocupados, por inabilidade e aos Padrinhos que orientem e cobrem de seus afilhados o respeito ao juramento de compromisso de associado.
"PONTUALIDADE É A MANIFESTAÇÃO DE BOM CARÁTER". (Autor anônimo)
Sempre que um Lions Clube se reúne, os problemas ficam menores. E as comunidades ficam melhores. Isso acontece porque oferecemos ajuda onde é necessário, em nossas comunidades e em todo o mundo, com integridade e energia inigualáveis. (Extraído do site do Distrito LC5)
Cl Antonio Sérgio De Pinho